sexta-feira, 1 de abril de 2011

Solidão!

Em uma apresentação sobre minha viagem, eu afirmei que mais do que uma viagem pelo interior do Sul do Brasil,  seria uma viagem pelo interior da alma. A cada dia que passa, mais fica acentuado este fato. 
Meu grande amigo Roberto Coelho, que seria a pessoa que dividiria os encantamentos que esta viagem dará, não mais estará ao meu lado. Compromissos que a vida nos impõe, fizeram o Roberto ter de desistir desta aventura. Agora como grande parceira, terei a solidão. Algumas pessoas temem a solidão, pois ela nos coloca em contato com nosso eu,  e dele não podemos fugir. Como devo muitas coisas para mim mesmo, deverá ser um bom momento para pagar estas dívidas. 
Me preocupa em parte, é não ter alguém caso eu precise de uma ajuda, mas tenho certeza de que não ocorrerá tal necessidade. 
Alceu Valença já dizia nos versos de Solidão:
A solidão é fera, a solidão devora.
É amiga das horas prima irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos,
Causando um descompasso no meu coração.
 
 Sempre achei esta letra um tanto causticante, pois eu nunca consegui entender o porque a solidão seria um castigo. Não tenho vocação para eremita, mas não acho que estar sozinho é um castigo. Pirmeiro por que sózinho, estou na companhia de uma pessoa a quem devo muito, EU! Segundo, estar sozinho não és estar desacompanhado, é estar em companhia do universo, o que convenhamos não é pouco!

terça-feira, 29 de março de 2011

Pedalzão do Sabadão!

Pedal de gente grande, a distância não é exagerada, ficará próximo dos 100 km, mas a altimetria é de arrepia, ou como já foi dito antes, é de cair os butiá do bolso. Passaremos por Bocaiuva do Sul, Rio Branco do Sul e Almirante Tamandaré. Praticamente tudo plano, digo, plano inclinado. O único porém, é a falta de acostamento no trajeto, principalmente até Bocaiuva do Sul. A falta de estrutura para pontos de apoio é outro problema, mas com certeza não serão estes problerminhas que impedirão curtir mais este pedal. Abaixo segue o link com o mapa do trajeto, e mais embaixo, um link de um cursinho de tricôt, pra quem achou o roteiro forte demais.



segunda-feira, 28 de março de 2011

Estréia do Jackson!

Neste sábado que passou, a pedalada foi a mesma que eu e o Mário fiemos no Passaúna, só que no sentido inverso, o que não trouxe muitas novidades. A grande novidade foi a estréia do Jackson, que entrou na turma de pedal, com 60km com muitas subidas, e ele mandou bem, para béns Jackson, no sábado que vem tem mais.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Rendeu!

A pedalada do sábado foi muito boa, rendeu alegrias como nunca. Começou com a volta do Roberto, que não acompanhava uma pedalada fazia tempo, fora o inicio da volta por Balsa Nova, acho que fazia mais de um mês que não pedalávamos tantos km juntos. Foi muito bom estar com este amigo novamente. O Mário, bateu seu recorde de distância percorrida, alcançando 115 km. Eu consegui pedalar os 115 km, após passar a semana pedalando praticamente todos os dias. Resumindo, ninguém ficou triste. É importante ressaltar, que pela primeira vez em que nós três pedalamos juntos e nenhum pneu furou, acabamos com esse estigma.
Urucubacas eliminadas, a semana vai ser de folga forçada, já que terei de viajar a São Paulo. Já estou pensando no próximo sábado.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Os Rótulos e a Marginalidade!

Esta semana eu resolvi por em prática aquilo que sempre disse ser possível, vir trabalhar de bike. Os ganhos são inúmeros: melhora de preparo físico, afinal considerando a ida e a volta, são 52 km pedaladso por dia, pouco mais de 250 km por semana. A quantidade de Bom dia!, que eu falo é assustadoramente maior do que de ônibus. O tempo de percurso, diminui em assutadores 30 min na ida, e 55 min na volta. Resumindo, além de melhorar minha qualidade de vida, melhorar meu astral, eu ganho 1h e 25 min de vida a mais por dia. Podia ser melhor?
Mas tudo tem seu preço, agora eu pertenço a uma nova categoria social, sou um marginal. Vivemos em uma sociedade que coloca rótulos em tudo, se tu estudas muito e não preza atividades físicas ( azar o seu ), és um "nerd", se frequentas muito uma academia, és um marombeiro, se uma mulher gosta de andar com roupas mais caras e sempre "produzida" é uma perua. Tudo bem de rotular certas pessoas, é uma maneira de dizer que ela pertence á um grupo que não o seu, ou ao seu grupo. O grande problema, é que ao rotularmos alguém, nós o empuramos para fora do ambiente onde estamos, nós o marginalizamos. Isto quando não temos consciência de que todos tem os mesmos direitos e deveres, e não somente o grupo ao qual pertencemos, começa a cobrar do marginalizado, atitudes de defesa, o que gera um conflito entre marginalizado e marginalizador, isto nos mais variados ambientes.
Infelizmente no Brasil, acreditamos que trânsito, é um espaço reservado para carros, ônibus e caminhôes. As motos aparecem em uma subcategoria. Pedestres e ciclistas, não pertencem a este conceito, estes atrapalham o trânsito, pois alguns insistem em atravessar a rua, e outros acham que tem o direito de andar na rua. Com esta educação, o ciclista ou é um pobre que não tem como adquirir um carro ( e se for isso, ele também é um cidadão ), ou um filhinho de papai que só quer saber de andar de bicicleta ( neste momento não existem atletas ), ou um maluco que acha que desta maneira vai salvar o mundo. Assim rotulados, nós somos colocados fora do trânsito, ou seja, agora somos marginais. O maior problema, é que somos obrigados a agir como marginais, para garantir nossa segurança. Aqui em Curitiba, passamos a andar na canaleta dos ônibus, o que é proibido, mas é a maneira mais segura, pois a DIRETRAN, que fiscaliza o trânsito aqui, também não acha que bicicleta faça paaarte do trânsito e não se importa se os motoristas respeitam a lei de trânsito que obriga oas veículos que trafegam na mesma via da bicicleta, devem manter uma distância de 1,5 metros da bicicleta. Lei que entrou em vigor junto com o CBT ( Código Brasileiro de Trânsito ). Desde sua implantação, até o dia de hoje, somente uma multa referente a este artigo foi aplicada.
Enquanto estivermos rotulando qualquer cidadão por estar usando um meio de transporte diferente do usualmente aceito, nós estaremos marginalizando atitudes que deveriam ser vistas como normais. Fico triste em saber que esta mentalidade é imperativa em nossa sociedade, e fico mais triste ainda ao ter de afirmar que fico feliz, por hoje ser marginal.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Pedalando com Peso

No sábado dia 12/03, instalei o bagageiro e alforjes, com 12 kgs de peso, parte do treinamento para a viagem. Também não sabia como seria o comportamento da bike com este novo acessório. Tudo instalado e regulado, fomos para a pedalada.
No inicio não houve diferença em relação a bike, mas aos poucos as diferenças foram aparecendo. Perda da agilidade em desviar pequenos obstáculos, a troca de marchas é mais frequente, e os freios passaram a ser mais exigidos. Também muda, e aí é a maior mudança, a maneira de conduzir a bike. A velocidade média reduziu, e a procura pelo caminho mais suave é obrigatória. Precisa de um pouco mais de espaço para as frenagens, e a subida passa a ser mais cansativa.
A pedalada foi pela volta da Renault, a qual nós já havíamos pedalado. Uma pedalada fácil, sem muitos aclives, e bem agradável. A escolha de um caminho já realizado, foi justamente para poder avaliar o comportamento da bike e meu rendimento, pois aumento o peso. Saímos um pouco mais tarde, pois aguardávamos o Roberto, que novamente não apareceu. Depois fiquei sabendo que na luta entre o ser humano e a tecnologia, ganhou esta última, pois o Roberto não conseguiu fazer o celular funcionar, portanto não recebeu nossos torpedos.
Relatar sobre a pedalada não é muito produtivo, pois o trajeto já foi explorado. A diferença estava na quantidade de lama que encontramos, onde as bikes derrapavam com frequência, e na chuva. Tudo para agradar o Mário, que sempre pedia lama nas nossas pedaladas. Resultado, pedalamos os 80 km em 5 horas, o que nos dá uma média de 16 km/h, que eu considerei muito bom.
De saldo fica a necessidade de algumas melhorias na fixação do bagageiro e dos alforges. Estas modificações irão a teste neste sábado, com a Volta da Volkswagem, 90 km de percurso. Vamos embora!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Como foi o domingão!

Domingo de carnaval, 05:30 da manhã e toca o despertador. Em vez da irritante campainha, o ideal era que estivesse tocando:
Eu que é botar,
Meu bloco na rua...
Levanto bem disposto, a temperatura é amena, preparo um café da manhã, de 06:00 e lá vai o bloco do eu sozinho. O Roberto entraria no desfile a partir do viaduto da Toaldo Túlio. Pedais em movimento, as ruas passando, o pouco movimento característico nas ruas de Curitiba durante o Carnaval. Rapidamente chego ao ponto de encontro. Melhor combinado não poderia ser, chego enxergando o Roberto chegando. Rapidamente o bloco agora com duas alas, invade a BR 277 e segue em direção a Campo Largo. Um trajeto tão conhecido, que a única lembrança que tenho é de achar o Museu do Mate abandonado.
Campo Largo chegou rapidamente, e junto com ela chegou a má notícia. O Roberto não tinha condições de continuar, a dor no joelho não permitia. O bloco do eu sozinho estava na passarela novamente. Tomei o rumo de São Luiz do Purunã. A subida tão temerária tempos atrás, hoje é apenas mais uma subida, tantas as vezes que já a subimos. O engraçado é pensar que ali está uma placa tão odiada, mas tão adorada pelos ciclistas. É a famosa placa "Pedágio a 2 km", que significa que faltam apenas 1.800 m para o fim da subida. Com apenas uma paradinha rápida para tirar umas fotos, cheguei em S.L.Purunã as 09:30 hs. Pausa para um lanche, feito ao ar livre, sentindo no rosto a amostra dos "Ventos Eternos do Purunã".
De S.L.Purunã à Balsa Nova, é um caminho muito bonito, com vistas muito lindas, e decidas bem convidativas. Muitas paradas para fotos, e faltavam 15 minutos para as 11 horas quanto invadi Balsa Nova. Uma cidade pequena mas bem acolhedora. Limpa, o que infelizmente nos chama a atenção. Não precisei de 5 horas para vencer os primeiros 78 kms, considerando que neles houve 2 paradas para lanche. Bom, estava rendendo bem.
Após um lanche caprichado, o bloco do eu sozinho segui em direção a Guajuviras. A pasisagem era muito bonita, o que tornava a pedalada um prazer, deixando o cansaço de lado. Pouquíssimo movimento, e a estrada ia sendo vencida com certa facilidade. No entroncamento para Guajuviras, um morador informou que se eu seguisse pela direita a paisagem era bem mais agradável. Não vou lutar contra os avisos que me mandam. Segui pela direita. A pasisagem realmente era linda. Os campos com plantações de soja e milho em diversas cores davam um colorido especial aos morros que desfilavam ao lado da estrada. Mas como sempre dizem, o que é bom dura pouco, mal notei quando chegou o asfalto da PR 423, e suas interminaveis subidas. Foi uma imensa alegria quando avistei a ponte da estrada de ferro em Araucária, que indicava a proximidade com a Av.das Araucárias. Algun desvios pra lá, outros pra cá, e já estava na Avenida. O pórtico polônico, exatamente, polônico, mostrava que estava chegando em Curitiba, e estava terminando minha pedalada. Cheguei ao destino com 138 km pedalados. Eram 16:00 hs, e chovia. O corpo estava cansado, mas longe de estar desanimado. O treino mostrou que o corpo está no caminho certo para a viagem. Que venham os alforjes e seu peso extra.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Acabou a Moleza!

Defintivamente, a moleza acabou. Neste domingo o pedal de 140 km promete um pouco de dificuldade. Nos próximos finais de semana, a bicicleta vai receber a companhia dos alforjes com um peso de aproximadamente 12 Kgs. Serão 5 finais de semana, em que deverei ir aumentando gradativamente as distâncias percorridas e suas dificuldades.
Por sugestão do Mário, no dia 12/03 já esta agendada a repetição da Volta da Renault, um percurso plano de 80 km.
Moleza é coisa do passado.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Senta e Guenta!

Não, não há nenhuma alusão pornoerótica neste título. É apenas a síncope de "senta no selin e aguenta a pedalada".
Comecei imaginado a pedalada com destino a Lapa, com algo perto de 90 km, mas olha o mapa daqui, olha o mapa dali, e... serão quase 140 km, saindo de Curitiba, indo a São Luiz do Purunã, descendo até Balsa Nova, passando por Guajuviras, Araucária e retornando a Curitiba. Pedal de gente grande. O Mário não poderá ir, parece que assinou contrato com um bloco em Antonina ou Pelotas, a cidade eu não sei bem, entendo as intenções. Não, nenhuma alusão sexual, a intenção é se divertir, pois estará acompanhado da chefe, digo, esposa. O Roberto já confirmou, então lá estaremos novamente com nossa dupla de dois.
Para quem quiser ver o mapa, segue o link: Senta e Guenta

terça-feira, 1 de março de 2011

O Transitório!

Certa vez, uma mulher bela e bem trajada visitou uma casa. O dono da casa lhe perguntou quem era e ela respondeu que era a deusa da fortuna. Mais que depressa o dono da casa acolheu respeitosamente essa mulher bela e rica e a tratou muito bem. Logo depois, uma mulher feia e pobremente vestida bateu à mesma porta. O dono da casa perguntou-lhe quem era e a mulher lhe respondeu que ela era a deusa da pobreza. O dono da casa, assustado, tentou por a mulher feia e pobre para fora de casa, mas ela recusou-se a sair, dizendo: "A deusa da riqueza é minha irmã. Há um acordo tácito entre nós, segundo o qual nunca devemos viver separadamente; se você me enxotar, ela irá comigo."
Era a pura verdade. Assim que a horrenda mulher saiu, a outra, bela e rica, desapareceu.
O nascimento acompanha a morte. A fortuna acompanha o infortúnio. As más coisas seguem as boas coisas. Os seres humanos deveriam compreender isso. Os tolos temem o infortúnio e lutam para conseguir a felicidade, mas aqueles que buscam a iluminação devem transcender a ambos e estar livres de todos os apegos mundanos.
O ser humano acostuma-se rapidamente as coisas boas da vida, mas não nota que elas são transitórias. Obviamente que devemos ficar felizes em ter uma boa casa, um bom carro, mas, se a nossa felicidade depende destes bens, estamos construindo nossa condição de felicidade em cima de frágeis pilares. A vida é mais do que bens materiais. Quando estou brincando com meu cachorro, ele com sua bola de futebol furada e rasgada, correndo feliz por simplesmente estar brincando comigo, e eu feliz por estar com ele, do que mais eu preciso? Quando estou abraçado aos meus filhos, rolando pela grama e os três dando risadas simplesmente por estar junto, do que mais eu preciso?  Quando minha mãe me abraça, afagando minhas costas, do que mais eu preciso? Quando eu posso ajudar um amigo, ou por ele ser ajudado, do que mais eu preciso? A felicidade esta dentro de cada um de nós, basta deixar ela aflorar, sem que falsos alicerces não a deixem crescer.
E você? Do que mais você precisa?

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Demos a Volta na Volta da Volta!

Sábado começou com um dia tímido, com vergonha de aparecer. A claridade que transpassava as nuvens não estava com aquela vontade de acordar. Eram 06:00 hs e estava um pouco escuro para o horário. Mesmo assim a pedalada começou. Inicialmente uma pedalada solitária, visto o Mário não estar participando, e o Roberto eu encontraria alguns quilometros depois ( 16 para ser preciso ), segui pela futura linha verde, até encontrar a atual linha verde. Não é o trajeto mais feliz para um ciclista, pois a obra na linha verde acaba com o acostamento, e a disputa por espaço contra carros, ônibus e caminhões, é um tanto injusta.
A temperatura estava bem agradável, e a ausência do sol deixava o pedal muito gostoso. encontrei o Roberto próximo ao viaduto da Av.Brasília, e agora além do pedal, desenvolvíamos um bom bate-papo, pondo em dia assuntos acumulado por mais de 15 dias. Rapidamente estávamos no Umbará, onde apreciamos um lanchinho matinal. 
Pé na bike e fomos para a estrada, lembrei-me do Mário, que sempre cobra um pouquinho de lama na pedalada, e tinha o suficiente para mais uns cinco ou seis ciclistas. Pedalávamos como gente grande, pois a média era alta para o chão batido. Desta vez seguimos o roteiro traçado e entramos na estrada do Gerê. A paisagem é muito gostosa, passando por sítios, povoados, pequenas vilas. Desta vez não houve muitas paradas, paramos um pouco antes da Volkswagen, descansamos por uns dez minutos, e retomamos o trajeto. O asfalto da Volkswagen deu um descanso para as nádegas, um tanto sofridas, mas sapientes que o pior estava por vir ( os paralelepípedos da Colonia Murici ). Cruzamos a BR 376 e entramos no caminho da estrada da Malhada ( deve ser em alusão á uma vaca este nome ), com um asfalto com muitas curvas que dá um prazerzinho pedalar.
Um pouco adiante dobramos em direção a Colonia Murici. Alguns aclives acentuados, uma paisagem muito bonita com varias propriedades de cultivo de hortaliças, e o cansaço começou a aparecer. Paramos um pouco no final de uma subida, nos abastecemos com gel, uma barrinha de cereal para tentar amenizar a sensação de vazio no estômago. Retomamos o trecho e seguimos até a Col.Murici. Lá precisamos de uma nova parada, o Roberto começava a apresentar uns sinais mais visíveis de fadiga. Sentamos na escadaria da Igreja para esticar as pernas. Foi quando eu lembrei de um energético que eu tinha comprado, um tubinho com 50 ml sabor de capilé (segundo o Roberto, que possuía vários sabores, o vermelho, o azul, o amarelo e o verde ). Piadas a parte o resultado do energético foi mesmo muito acima do esperado. Cruzamos os paralelepípedos da Col.Murici com uma média de 30 km/h, as próstatas nem sentiram. O parada no Posto de sempre, foi abortada e seguimos em frente. No trevo da Av.Rui Barbosa, perdi o parceiro, pois ele seguiu pela Mal.Floriano, enquanto eu seguiria em frente passando pelo Jardim das Américas, Nossa Senhora da Luz, Erasto e Canaleta.
Cheguei em casa eram 12:30 hs, pois parei para tomar um bom caldo de cana. O número no ciclocomputador era frustrante, 99,91 km, não chegou em 100 km. Mas a sensação era ótima. Dever mais do que cumprido.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O Filho Perdido!

"Um jovem viúvo, que gostava muito do seu filho de cinco anos, estava fora, a trabalho, quando bandidos puseram fogo na cidade e levaram seu filho. Quando o homem volta para casa, vê tudo destruído e entra em pânico. Pega o corpo queimado de uma criança que toma por seu filho e chora copiosamente. Organiza a cerimônia de cremação e põe as cinzas num bonito e pequeno saco, que passa a carregar sempre consigo.
Um pouco mais tarde, seu filho verdadeiro escapa dos bandidos e acha o caminho de casa. Chegando na nova casa de seu pai, tarde da noite, bate à porta. O pai, ainda desgostoso, pergunta: "Quem é?"A criança responde, "sou eu, pai, abra a porta!"
Mas em seu agitado estado de alma, convencido de que seu filho já esta morto, o pai pensa que algum menino o está ridicularizando. Ele então grita: "Vá embora" e continua a chorar.
Depois de algum tempo, a criança vai embora. Pai e filho nunca mais se encontram de novo."

Muitas vezes nós colocamos falsas verdades á nossa frente, e passamos a acreditar tanto nelas, que quando a verdade aparece, nós não acreditamos nela. Quantas vezes isto já aconteceu, e quantas vezes ainda acontecerá. 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A volta da Volta!

No dia 22 de Janeiro, saímos eu e o Roberto para realizar a Volta da Volkswagen, só que o calor e o cansaço pegaram o Roberto, ou melhor, pregaram o Roberto no caminho, que nos forçou a diminuir o percurso e retornar antes do previsto. 
Desta vez a coisa vai, ou no sábado, ou no domingo, ainda vamos decidir. Serão 96km, relativamente fáceis, com todo o tipo de piso imaginável. Inclusive com os massageadores paralelepídedos da Colônia Muricy. Próstatas postas a prova. 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Onde foi que eu errei?

Sábado quando o relógio despertou, pela primeira vez na semana eu não tive vontade de dar com uma marreta no relógio, afinal estava acordando para uma pedalada que prometia, e cumpriu. 
Britanicamente, saímos as 06:00 hs, noite ainda. O frescor da madrugada animava os pedais, e a velocidade média era alta . Seguimos a canaleta pela Av.Paraná, depois João Gualberto, centro, Sete de Setembro, República Argentina, e antes das sete horas da manhã, já estávamos na João Bettega. A descida ajudou a aumentar a média, passamos pelo radar e acho que levamos uma multa ( pelo menos estava sorrindo para a foto ). Cruzamos o Contorno Sul,  e entramos na Av.das Araucárias, que logo após o terminal, abandonamos para encontrar o chão batido. Começa a parte divertida da pedalada. Logo já avistávamos a Represa do Passaúna, tomando conhecimento do seu real tamanho. Logo adiante após uma curva avistamos o dique que dá vazão ao excesso d´água ( uma miniatura da queda de Itaipú, pensei ). O caminho era muito bonito, só que no km 33,5, errei o caminho ( descobri que errei uns quilometros adiante, onde errei, descobri hoje ). Onde era para dobrar a direita, dobrei a esquerda, e... bem esta palavrinha que tu pensou.
O trecho não era menos bonito do que pensávamos, mas enfrentamos algumas subidas muito fortes. O tempo nos ajudava, pois as nuvens teimosamente nos ajudavam. Não víamos uma viva alma que pudesse nos informar se estávamos no caminho certo. Já pedalávamos pelo km 46 quando encontramos um dois de paus. Explico, perguntado para onde ia a estrada, recebemos a resposta de que só sabia chegar ali, não sabia para onde a estrada ia ( melhor do que a resposta do mineiro, que diria que para onde ela vai, ele não sabe, mas que vai fazer uma falta isso vai!). Seguimos, ali pelo km 53, um senhora informou que faltavam 3,5 km para chegar no asfalto da rua Mato Grosso, na Ferraria. Estávamos no caminho certo, só não sabíamos se os kms dela são de régua grande ou não. Mais um pouco de pedal e chegamos, no INÍCIO da Rua Mato Grosso, ou seja tinha muito pedal pela frente. Neste momento, 50% do grupo começou a sentir o cansaço ( estávamos em dois pedalantes ). Resolvemos que pararíamos no primeiro local plausível pela frente. Isto foi no km 62. Eram 9h 45min, ou seja, foram pedalados 62 km em uma média de 16,5 km/h.
Fizemos um pequeno lanche, eu comi dois queijos quente, e o Mário entravou uma luta medonha contra um "x-salada", fora o litro de coca-cola que acompanhou.
Pensando estarmos refeitos seguimos em frente. Reduzimos a pedalada até o Barigui, onde seríamos resgatados, visto o Mário estar com muita dor na perna direita. A subida da Eduardo Sprada foi feita em marcha lenta, poupando a musculatura. Depois seguimos pela marginal do Contorno e BR 277. Chegamos ao Barigui com 77 km pedalados, eram 11:00 hs. 15,4 km/h de média incluindo a parada. Bom pedal apesar de tudo. A paisagem compensou o esforço. Mas quero voltar lá para fazer o caminho originalmente traçado.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Esclarecimentos!

Vocês devem ter notado, que nos últimos dias, tenho inserido alguns textos não ciclísticos, mais orientados para o crescimento interior. Bom, eu acredito que somos mais do que simples ciclistas, mais do que nossas profissões. Estamos inseridos neste mundo, junto com mais de 6 bilhões de pessoas, e se não tentarmos melhorar, a coisa vai ficar feia.
Não estou tentando induzir ninguém a praticar alguma religião ( inclusive sou crítico de algumas ), só estou tentando induzir as pessoas a refletir sobre seus atos. Também não tenho a pretensão de dizer o que é certo ou errado, não sou juiz de nada.
Apenas acredito que enquanto estivermos vivos, podemos evoluir, e se nós temos esta capacidade, é um crime não utilizá-la.
Mas não se esqueçam de que a única religião plausível de ser praticada neste blog é a Igreja Mundial do Pedivela Quadrado, cuja sede fica em cima do seu selim, pelas trilhas e estradas mundo afora.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Buda e a Flor de Lótus!

Buda reuniu seus discípulos, e mostrou uma flor de lótus - símbolo da pureza, porque cresce imaculada em águas pantanosas.
- Quero que me digam algo sobre isto que tenho nas mãos - perguntou Buda.
O primeiro fez um verdadeiro tratado sobre a importância das flores.
O segundo compôs uma linda poesia sobre suas pétalas.
O terceiro inventou uma parábola usando a flor como exemplo.
Chegou a vez de Mahakashyao. Este aproximou-se de Buda, cheirou a flor, e acariciou seu rosto com uma das pétalas.
- É uma flor de lótus - disse Mahakashyao. Simples e bela.
- Você foi o único que viu o que eu tinha nas mãos - disse Buda.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Previsões!

Impressionante como temos um medo do que esta por vir. Continuamente nos cercamos de previsões,e tentamos de alguma maneira antecipar o que esta por acontecer. Final de ano é sempre a mesma coisa, em todos os canais aprecem bruxos, cartomantes, quiromantes, Mãe de não sei quê, Pai de sei lá o quê, todos fazendo previsões sobre o ano que está por vir. Horóscopo é sessão certa em qualquer jornal. Nas empresas, temos de trabalhar com previsões de vendas, de despesas, de pessoal, de investimentos, etc...
Bom entre tantas previsões, aqui vai mais uma: neste sábado, dia 19 de fevereiro, pontualmente as 06:00 hs, vai sair a pedalada da Volta da Represa do Passaúna. Quem pedalar, verá!

Valendo uma barrinha de cereal velha, para quem adivinhar o nome e ocupação da celebridade aí da foto.

Pré Temporada!

2 meses! Faltam apenas 60 dias para começar. Começam agora os preparativos finais. Aumento da quantidade de treinos, devo começar a vir para o trabalho de bike nas duas primeiras semanas em dois dias ( terça e quinta ), nas outras duas em 3 dias, nas outras duas tentarei em 5 dias, e na última semana descanso total. 
Mais do que aumentar o condicionamento físico, busco acostumar o corpo ao trabalho repetitivo, ou seja, acostumar a falta de descanso, que será o principal inimigo. É fácil pedalar 150 km, e no outro dia ficar tomando um bom chimarrão, brincando com as crianças, jogando bola com o cachorro, o difícil é pedalar os 135 km do primeiro dia e levantar para pedalar mais 90 km, e avisando a musculatura dolorida, que depois tem mais. O Roberto Coelho disse que a partir do 4º dia tudo fica mais fácil ( acho que sim, vai doer tudo, então não preciso ficar me preocupando em qual parte esta doendo ).
Também tem a preparação da bike, trocar cbos de freio e cambio. Limpar e lubrificar os cubos de roda ( que apesar do nome são cilíndricos ). Revisar os alforjes. Fixação do bagageiro. Verificação das luzes ( traseira e dianteira). 
Depois preparar a bagagem,com o mínimo de peso, considerando as necessidades de kit de primeiros socorros, kit de reparos, roupas para pedalar e roupas "civis".
A lista é grande, espero que o peso não seja diretamente proporcional.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

E você? O que está carregando?

“Um velho monge e um jovem monge estavam andando por uma estrada quando chegaram a um rio que corria veloz. O rio não era nem muito largo nem muito fundo, e os dois estavam prestes a atravessá-lo quando uma bela jovem, que esperava na margem, aproximou-se deles. A moça estava vestida com muita elegância, abanava o leque e piscava muito, sorrindo com seus olhos muito grandes.

– Oh – ela disse -, a correnteza é tão forte, a água é tão fria, e a seda do meu quimono vai se estragar se eu o molhar. Será que vocês podem me carregar até o outro lado do rio?

E ela se insinuou sedutora para o lado do monge mais jovem.

O jovem monge não gostou do comportamento daquela moça mimada e despudorada. Achou que ela merecia uma lição. Além do mais, monges não deveriam se envolver com mulheres. Então, ele a ignorou e atravessou o rio. Mas o monge mais velho deu de ombros, ergueu a moça e a carregou nas costas até o outro lado do rio. Depois os dois monges continuaram caminhando pela estrada.

Embora andassem em silêncio, o monge mais novo estava furioso. Achava que o companheiro tinha cometido um erro ao ceder aos caprichos daquela moça mimada. E, pior ainda, ao tocá-la tinha desobedecido às regras dos monges. O jovem reclamava e vociferava mentalmente, enquanto eles caminhavam subindo montanhas e atravessando campos. Finalmente, ele não agüentou. Aos gritos, começou a repreender o companheiro por ter atravessado o rio carregando a moça. Estava fora de si, com o rosto vermelho de tanta raiva.

– Ora, ora – disse o velho monge. – Você ainda está carregando aquela mulher? Eu já a pus no chão há uma hora.

E, dando de ombros, continuou a caminhar.”

Retirado do livro Contos Budistas, de Sherab Chodzin

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Notúrnica - Como foi!

Apesar das inúmeras pedaladas já feitas, estava um pouco apreensivo para esta. O trânsito nunca é muito camarada com os pedestres e ciclistas, e á noite, eu tinha a impressão que seria mais difícil. 
Faróis e luzes sinalizadoras colocadas, e saímos as 19:30 hs, como era esperado. A trupe de dois ciclistas, eu e o Mário, os outros, bom, eles que expliquem. Era dia quando começou a pedalada. Saímos em direção ao Largo da Ordem, pedalando tranquilo no conturbado trânsito de Curitiba. Rapidamente estávamos nos paralelepípedos do Largo. Mesas invadiam a rua, convidando para um Chopp e umas batatinhas. O movimento era bom, e parecíamos completamente deslocados naquele ambiente. Os pedais não pararam, e logo já estávamos subindo a Manoel Ribas. Chegando no Portal do Santa Felicidade, encontramos a noite, muito movimento, muita adrenalina, e pasmem, muito respeito. Em momento algum, um carro, ou qualquer outro veículo nos ameaçou. Pedalávamos tranquilos fazendo parte daquela "Curiticéia Desvairada" ( Mário de Andrade que me perdoe )! Seguimos pela Vêneto para retornarmos pela Manoel Ribas. Tudo fluindo perfeitamente, eu chegava a ficar temeroso de tanta tranquilidade. 
Ao sairmos de Santa Felicidade em direção ao Barigui ( agora sem trema ), seguimos em direção ao Cemitério Parque Iguaçu, sem presságio algum. Apesar do movimento, tudo transcorreu perfeitamente. O único porém seria a falta de iluminação desta via, mas os faróis das bikes resolveram e bem o problema.
O Barigui foi uma grata surpresa, bem iluminado, movimentado, foi bom ver um pouco de vida noturna nos parques.
Seguimos em direção ao terminal Portão pela Arthur Bernardes. Muita gente praticando esportes, passeando, muitos cachorros levando os donos para passear. Rapidamente estávamos no terminal. Procuramos um local para tomarmos algo gelado, pois temíamos o caminho pela Wenceslau Brás. Novamente uma boa surpresa, uma avenida iluminada com muitas pessoas caminhando, brincando, enfim vida noturna! 
A Linha Verde não demorou e rapidamente estava sob nossos pés, digo, nossas rodas. Ali, sem movimento nenhum invadimos a canaleta e seguimos em direção ao Jardim Botânico. Pensei que o pequeno trecho entre o término da canaleta e a Afonso Camargo fosse ser nosso martírio, mas mais um engano se concretizou e pedalamos com tranquilidade. Ao chegarmos no Jardim Botânico uma grande dúvida tomou nosso caminho. Ir para casa, ou devorar um cachorro quente no Super Dog? Facilmente tomamos a decisão, e em poucos segundos a rota para o Super Dog estava traçada.
Passamos pelo Shoppping Total, as 10:15 o pedido de um São Bernardo Vegetariano e um Dog Alemão estava feito.
Um pouco mais pesados, mas definitivamente saciados, seguimos pela Av.Paraná até o Santa Cândida. Eram 11:30 quando chegamos em casa. Pouco mais de 52 km, pedalados com um cachorro quente no meio em quatro horas. Nada mau para uma sexta-feira. Ficou um gostinho de quero mais. Quem sabe institucionalizamos a pedalada noturna?

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Notúrnica!

Sempre quis usar esta foto!
Nesta sexta, que não é 13, estaremos saindo para uma pelada noturna pelas ruas de Curitiba. Como não consegui inserir uma trilha sonora no post, leia imaginando a voz de Sinatra cantando os veros de Strangers in the night. O roteiro estipulado marca 48 km fáceis, passando pelo Largo da Ordem, Santa Felicidade, Barigui, Linha Verde, Jardim Botânico, entre outros tantos lindos pontos de Curitiba. Desta vez não vai precisar de protetor solar.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Destinos de 2011 - Adrianópolis

Pouco sei sobre Adrianópolis, passei por ela uma vez quando estava indo a São Paulo, e não tive tempo de aproveitar a passagem, pois chovia muito. A vontade de ir a Adrianópolis, não é tanto pelo destino, e sim pela estrada. O desfio é grande pois o ganho de altitude é de 1.339 m, a distância é de 126 km, o que não é dificuldade, mas são 10 subidas categorizadas ( 2 de nível 3, 1 de nível 4 e 7 de nível 5 ). O que torna o desafio interessante. Pelo caminho temos as cidades de Colombo, Bocaiúva do Sul, e Tunas do Paraná. O retorno deverá ser de ônibus. Existe uma estrada de chão batido que liga Adrianópolis a Cerro Azul, mas essa é para outros pedais.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Deu Xabu!

Baixou a urucubaca! Amanheci no sábado acompanhado de febre, tosse, e uma indisposição, que se o mundo terminasse num barranco, eu morria encostado. Esperava uma melhora durante o dia, o que aconteceu! A gripe melhorou, a febre aumentou e a indisposição, eu nem esperaria o mundo acabar para me encostar no barranco. Avisei os parceiros de pedalada, e dormi um sono profundo, o que me ajudou em parte o domingo. Buenas, transferia a pedalada para o sábado. Passaúna, me aguarde!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Destinos de 2011 - Guaraqueçaba

Uma das melhores coisas da vida, é juntar o útil ao agradável. Do ponto de vista do universo masculino, é encontrar uma mulher bonita, inteligente, simpática, rica e principalmente, interessada na nossa pessoa! Lembrei de meu avô, que sempre dizia: - Não junta duas misérias! Saudades, nem tanto dos seus conselhos, mas das suas bravatas, com cheiro de vinho e pinhão!
Bom, então por que não juntar a necessidade de treinar, com o prazer de pedalar por novos lugares, e olha que o que não falta, são lugares para pedalar, e este ano pretendo chegar em muitos deles.
Trajeto para Guaraqueçaba
Um deles é pedalar para Guaraqueçaba. Já estive em Guaraqueçaba antes, e é a legítima definição de tranquilidade. Não tive tempo de aproveitar suas praias. Mas senti quanto o relógio diminuiu o ritmo, existindo um espaço de tempo entre o tic e o tac. Talvez mais famosa que a própria Guaraqueçaba, é a sua estrada.  São 90 km , com muitas pedras, areia, calor, e para variar, poucos recursos. O percurso em si é de pouca dificuldade física, pois são pouquíssimos aclives ( somente 3 categorizáveis, e a nível 5 ), e para ajudar a nível do mar. Aparentemente um desafio morno, afinal 96 km quase planos, não devem assustar ninguém. Mas, sempre tem um mas, o último barco que sai de Guaraqueçaba, com destino a Paranaguá, sai ás 15:00 hs, ou seja, temos de estar em Guaraqueçaba, até as 14:30 hs. Saindo de Antonina, ás 05:00 hs, isto significa que temos 09:30 hs para percorrer os 96 km. Se não chegarmos a tempo...
Trajeto de Paranagua á Antonina
Para "apimentar" mais um pouco, vocês devem ter reparado, que nós saímos de Antonina-PR, e o barco vai para Paranaguá-PR, ou seja, depois do barco tem mais pedal, serão mais 55 km, de asfalto que é pra não judiar, mas que provavelmente serão feitos no final da tarde início da noite.
Se por acaso alguém reclamar que lá no início do post, eu não mencionei o ponto de vista do universo feminino, não pensem que é discriminação, mas é que eu não consegui imaginar por esta lógica, afinal homem bonito, só meu filho de 3 anos.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Se chover, sai?

Como eu ouço esta pergunta, é só aparecer uma nuvenzinha mais bronzeada, que la vem ela. Primeiramente isto é discriminação, pois quando vemos uma pessoa bronzeada, ficamos até com inveja, mas para uma nuvem mais escura, ficamos apreensivos. Pura discriminação.
Água, é vida. O corpo humano é composto de 70 a 75% de água. Quando estamos realizando um exercício, tomamos água, para meu imprescindível chimarrão, preciso de água. A água é essencial. Quando tomamos um bom banho, chegamos a ter a sensação de que estamos revigorados. 
Pedalar na chuva é como voltar a ser criança, é brincar nas poças, na lama. É liberdade, não é sofrimento. Lembro uma prova de ciclismo que participei, em que pedalei 300 km abaixo de chuva, e frio. Lavei a alma. Foi fantástico, gratificante. Particularmente, prefiro pedalar com chuva, do que pedalar sob um sol de 35º. Além de tudo, não sou feito de sal, nem açúcar. 
Portanto, se chover sai? Sai, sai e volta, com a alma lavada!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Eu me movo, logo, estou vivo!

Sempre achei interessante o famoso diálogo:
- Ele está morto?
- Não! Está se mexendo!
Muito comum em filmes B, mas uma sábia realidade. Não existe vida sem movimento. Seja qual for o movimento, ele é sinal de vida. Os exemplos são vários, desde uma clássica poça de água, que parada, tende a sumir, ao quadro cujo tema é natureza morta, pois está inerte para o artista, ao motor que ao não se movimentas, dizemos que "está morto"!
Quando pensei nesta cicloviagem, eu sempre pensei na homenagem á vida que estaria fazendo, movendo-me, lentamente para os padrões atuais, mas, na velocidade certa para o momento.  Mais do que simplesmente um movimento, uma interação com a natureza, com a vida. Em uma conversa com um fornecedor da empresa em que trabalho, ele comentou que havia feito uma aventura, foi de carro até o Chuí. A primeira coisa que perguntei foi a sensação de cruzar o Taim, com sua fauna e flora características. A resposta eu não posso classificar de outra maneira, foi broxante: - Plano, sem muitos atrativos, cruzei o mais rápido possível, a 100 km/h.
Lembrei-me imediatamente das palavras de um ciclista aposentado, Jean Stablewski, que depois de aposentado, não levava água quando saia para pedalar : “Tive muita pressa no meu tempo de profissional: agora eu paro em qualquer bar da estrada para conversar com as pessoas”.
Então será assim, quase como as lições de física na 8ª série, Movimento Pedalíneo Uniformente Variado. E, para mostrar que esta cicloviagem tem vida, ela mesmo está em movimento. A primeira parte dela, entre Curitiba e São bento do Sul, mudou. Sempre atento ás diretrizes iniciais, tracei um caminho que passa longe da BR 376, utilizando basicamente estradas de chão batido. É verdade que o trajeto aumentou um pouquinho, passando para 137 km, mas crescer é movimento, certo? Abaixo o link para o novo traçado.

Making Dreams - Part 1 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Pedalada de Domingo - 04/02/11

Domingão tem pedalada. Vamos dar a Volta na Represa do Passaúna. Saída as 06:00 hs. Percurso amistoso, serão 71,62 km no total, com 439 metros de aclive acumulado. Somente três subidas categorizadas, mas no nível 5, que é o mais baixo. Pra variar, sairemos da esquina da Theodoro Makiolka com a Av.Paraná, com um tempo estimado em no máximo de 6 hs. de pedalada ( não quero perder o sorteio do bife ).
O link para o mapa, segue abaixo.

Volta do Passaúna

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Descendo!

Como a pedalada pela estrada da limeira não terminou, e os videos não ficaram muito bem, fiz um video das descidas, da BR 277 e da limeira. Apreciem com moderação...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O Reboque

Existem vários tipos de reboques, mas basicamente podemos dividir em dois grupos: os de transporte de passageiros ( crianças ou animais de estimação ), e de carga ( aqui existem os mais variados tipos ).
Um reboque é um sonho de consumo de algum tempo, mas sempre relevado por não ter opções no mercado brasileiro. Há pouco tempo chegou no mercado, um reboque de passageiros, que não é minha necessidade agora. Pesquisando na internet é fácil achar vários modelos, e vários preços. Os preço variam entre 200 e 700 dólares, mais o frete e imposto de importação estamos falando de algo entre R$ 900,00 e R$ 3.000,00.
Analisando diversas opções, preferi o com um roda, e não o com duas. Menor arrasto inercial, e talvez uma maior facilidade para transpor obstáculos. Acho que o comportamento dele em estradas de chão batido será mais eficiente.
Encontrei uma boa opção na Inglaterra, seu peso 8 kgs, mas seu preço 400 libras o que sem imposto e frete, já passa de R$ 1.200,00. Opção rejeitada.
Em conversa com o Roberto, analisando vantagens e desvantagens, decidimos projetar e construir nosso reboque. Ideia em mente, lápis, papel e muita criatividade. Algumas diretrizes nos norteavam em nossas divagações: Peso, dimensão, facilidade me construir e claro, custo. O material de construção escolhido foi o alumínio, por suas características de leveza, resistência á oxidação e facilidade de trabalhar o material.
Outro grande desafio era o encaixe do reboque na bicicleta. As opções de encaixe disponíveis no mercado eram pesadas e super dimensionadas. Precisaríamos buscar uma alternativa. Aos poucos o projeto tomou sua forma definitiva, e modéstia a parte, pelo menos no papel ficou bonito.
Mais adiante vou mostrando os detalhes.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Volta da Volkswagen - Video

Este é o vídeo com algumas cenas da pedalada do último sábado, espero que gostem.

Alforjes x Reboque

O que é mais eficiente para acomodar a bagagem em uma cicloviagem, os tradicionais alforjes ou os poucos utilizados, no Brasil, alforjes?
Os alforjes são comumente vistos, e apreciados por muitos cicloturistas, existem vários modelos disponíveis no mercado. Poucas vezes eu utilizei, mas o ponto fraco deste sistema é concentrar o peso na bike. Em terrenos com muita lama, ou muita areia, acho que a tendência de afundar a roda é mais acentuada. A vantagem é de a bagagem estar mais a mão, e mais concentrada por assim dizer, na bike.
O reboque eu desconheço por completo o comportamento. É verdade que ele alivia o peso no pneu traseiro, e distribui o peso em seu próprio eixo. Conta contra, o fato de ele pesar bem mais do que os alforjes.
Eu e o Roberto estamos projetando um reboque, que deveremos construir para testar, vamos ver no que dá!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Volta da Volkswagen - Como foi!

Saímos pontualmente ás 06:00 conforme combinado. Destino, linha verde com Wnston Churchil onde encontraríamos o Carlos, amigo do Roberto que iria participar desta pedalada. O Mário, foi quase que nem peru, desistiu na véspera,e o Carlos não apareceu. Deixamos aos dois uma honrosa menção de participação no post, pois pedal que é bom...
A pedalada fluiu muito bem, pedalávamos soltos, e o tempo ajudando, nublado e sem chuva, contrariando todos os sites de previsão. O trajeto surpreendeu pela beleza, pois pouco conhecíamos desta parte de São José dos Pinhais. Uma estrada boa, com poucos trechos esburacados, pouquíssimas subidas, e quando encontrávamos alguma, era uma lombinha, como dizemos no Rio Grande amado. Como ponto negativo, entre a saída de Umbará e a chegada na BR 376 em São José dos Pinhais, não encontramos locais para abastecimento de caramanholas, nem para abastecer o "panceps".
Depois da BR 376, Colônia Murici, velha conhecida, principalmente pelos longos trechos de paralelepípedos. A massagem nas nádegas, para não dizer na próstata não foi uma sensação muito agradável. Para piorar um pouco, o sol começou a dar o ar de sua graça, elevando subitamente a sensação térmica.
Chegamos em Curitiba entrando pelo Parque Náutico seguindo pela Av.Marechal Floriano. Sempre tento obedecer as leis de trânsito, mas é impossível evitar e andar pela canaleta do ônibus, é muito mais seguro do que tentar dividir o espaço com os automóveis nas movimentadas ruas de Curitiba. Depois da Marechal, subimos a Wenceslau Brás,e depois a República Argentina. Destino: Confeitaria Doce Pecado.
Refeitos após um bom banho, fomos realizar nosso Doce Pecado. O almoço foi mera prerrogativa para a sobremesa, a inenarrável Torta Alemã. Sempre tão saborosa, depois dos 85 km pedalados, imaginem o sabor alcançado. Como disse anteriormente, desta vez o pedal não terminou com um gosto amargo, definitivamente não! Valeu Roberto pela parceria, vamos combinar a próxima!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Preparativos, quantas dúvidas!!!

O roteiro já está definido, a data idem, os treinos estão rolando, só restam algumas questões, digamos, burocráticas. O que levar na bagagem, visto que cruzaremos regiões quentes e frias. Durante a pedalada, o corpo mantém-se aquecido, com pouca necessidade de roupas, mas e quando paramos? Quais serão as variações de temperatura. Com La Niña não se brinca.
Também passou a me preocupar a questão de resgate. No post que descreve a pedalada da estrada da Limeira, eu relatei a angustia que passamos, pois o Roberto precisou ser atendido. E se, durante a viagem alguém se acidentar, ou precisar de atendimento, onde buscar? Em quais localidades  poderei encontrar auxílio? Como contatar  alguém, e quem contatar?  O kit de primeiros socorros, vai ter de ser engordado, o basiquinho não é o suficiente.
Outra preocupação é o sinal de celular, existem alguns trechos em que o celular só serve para relógio, e são estes trechos que me preocupam. Para isso, comprar chips de outras operadoras, tentando manter sinal em maiores partes do trajeto é a melhor opção.
Fora toda a parte de manutenção das bikes, iluminação, sinalização...
É fácil listar tudo o que pode ser necessário, mas e o peso? Quanto peso em bagagem levaremos? Está certo que não precisaremos de barraca, o que já são 2 kgs a menos, mas as distâncias são longas e com muitos aclives. Chego a conclusão, que neste caso, a matemática, não é uma ciência exata!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sabadão com Pedal

Já refeitos do susto, marcamos o pedal de sábado. Serão 91 km, saindo do Santa Cândida indo ao Umbará, passando pela Volkswagen, Colônia Muricy, e terminando na confeitaria Doce Pecado. Já que o pedal do último sábado terminou com um gosto amargo, este vai terminar docinho, docinho!
Mais informações no link abaixo:
Volta da Volkswagen

Estrada da Limeira

Sábado, amanheceu com um gostinho diferente, pois após as férias estaria me reencontrando com a bike, e o destino já anunciava o que vinha pela frente, a estrada da Limeira, que liga Morretes a Garuva. São 80 km de chão batido, com uma subida de 4,5 km muito íngreme. 
Eram 6h 10 min, quando saímos do pedágio  da BR 277, queríamos nos divertir descendo este trecho asfaltado, curtir o ventinho na cara, pois depois...
Sem incidente nenhum, entramos na estrada da Limeira, ás 07:30. E já estava quente. O pedal fluía tranquilo, assim como a conversa. Hitchcokinianamente, a subida começou a aparecer, e gradativamente nos mostrava sua força. Foram usadas diversas técnicas, entre as quais, olhar para o pneu de frente e repetir um cântico quase gregoriano com as palavras: Ela não esta aí! Ela não existe! Não funcionou, após 2 km, em uma curva, a quantidade de pedras soltas me fez descer da bicicleta, meus parceiros estavam uns 500 metros abaixo, escondidos pelas curvas bordeadas de bananeiras. Resolvi esperar para aglutinar o grupo, pois sempre acho mais seguro, e bem mais divertido. A demora foi quebrada pela passagem de um carro, que informou que eles estavam parados consertando um pneu.
Após a chegada deles e muitas risadas em cima do pneu furado, retomamos a subida, ou pelo menos tentamos. Suávamos mesmo sem fazer nada. O repelente acalmava os insetos, mas não cumpria sua função. A quantidade de pedra soltas deixadas pelas chuvas da semana anterior, acabavam com nossa pretensão de subir pedalando. Eram 09:30 quando ecoou o derradeiro grito: Acabou!!! Acabou!!! Chegamos ao final da subida, e agora era um descida mais longa do que foi a subida. Mas as condições da estrada eram terríveis, não conseguíamos desenvolver uma velocidade melhor, pois as pedras estavam soltas e por toda a pista. Testava mais nossa habilidade em conduzir, do que nossa resistência em pedalar. Continuamos enfrentando o calor, e com destino fixo, que era um bar que fica a beira de um rio. Estaria mais ou menos 15 km a nossa frente. O caminho apesar das pedras começou a melhorar, conseguíamos pedalar com mais constância. Um pouco antes de chegarmos ao rio, vejo o Roberto lutando contra sua sapatilha. A perda de um parafuso o prendeu a bike. Problema remediado, queriam para para um descanso, que eu rechacei. Queria chegar o quanto antes ao destino traçado, que era o rio. Faltava pouco mais de 1 km. Convencidos, partimos.para o rio. Decisão acertada, pois logo chegamos e já partimos para um delicioso banho no rio. Refrescados, realizamos um verdadeiro piquenique nas mesas a beira-rio. Saciados buscamos a melhor posição para descansar, pois sabiámos o que nos esperava.
Começamos a pedalar próximo as 13h 30 min, o sol estava muito quente. Após poucos quilometros o Roberto começou a sentir o cansaço. Não muito depois o golpe final, o Roberto começa a reclamar de dores no peito, o que nos deixa extremamente assustados. Estávamos exatamente no meio do caminho entre Morretes e Garuva. Não havia movimentação nenhuma de carros há mais de uma hora. Um motociclista que passava no local parou para ajudar. Ele prontamente foi atrás de algum carro para transportar o Roberto. Era possível ver a aflição estampada no rosto do Mário, e acredito que não era diferente comigo. Passado algum tempo chegou o carro que levou o Roberto para o Hospital de Morretes.
Começava aí uma dúvida para mim e para o Mário. Seguiríamos para Morretes enfrentando a serra que já minara as nossas forças, ou seguiríamos para Garuva, trajeto praticamente plano. Decidimos por Garuva, e dentro do possível tentaríamos uma carona para anteciparmos nossa chegada, visto que nossa preocupação com o estado do Roberto era sufocante. Olhamos o relógio, eram 15h 00. Partimos para Garuva. O silêncio era imperativo, não falávamos. De tempos em tempos trocávamos algumas palavras para saber como estávamos. Percorremos 20 km quando um caminhão apareceu, faltavam pouco mais de 15 km até Garuva. Carona solicita e prontamente atendida. Chegamos em Garuva e imediatamente começamos a telefonar em busca de notícias. Somente após conversar com a Lenice, companheira do Roberto, e´que ficamos mais tranquilos, pois ficamos sabendo que não passara de um susto e que ela estava indo buscá-lo. Pouco tempo depois ouço a voz do Roberto ao telefone, o que me deixa muito alegre. Terminava ali a aventura do dia, mas com um gosto amargo na boca.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

And the Oscar goes to...

Voltei!

Estive de férias, e quando falo férias, eu esqueço até mesmo o computador. Antes de sair de férias, realizamos um pedal que era para ser épico, e foi. Fatos inusitados, cômicos, ridículos, dramáticos, enfim poderíamos estar presentes em quase todas as secções de um jornal. Pelo menos da página policial nós escapamos.
Saímos, eu o Roberto Coelho e o Mário Valério ( los três amigos )
cedo pela BR 277 em direção ao litoral. Não andamos 1 km na 277 e tive meu primeiro pneu furado, para alegria do Roberto que não parava de rir. O Mário alcançou-me uma câmara, que foi rapidamente montada. Peguei a bicicleta dele e fui ao posto de gasolina que estava a 500 metros de distância para encher o pneu. Adivinhem, a câmara estava furada. Trocamos novamente, e com o pneu já cheio, seguimos em frente.Andamos mais uns 20 km e, mais um pneu furado, mais risadas do Roberto. As risadas do Roberto só não eram maiores que as risadas que eu e o Mário d´pavamos em virtude aos Dreads do cabelo do Roberto. Parecia o cabelo da Angelina Jolie em 60 segundos, mas com uma enorme diferença, a Angelina Jolie. Pneu consertado partimos em direção ao primeiro desafio, a estrada da Inhaia.
Após descer alguns quilômetros, entramos na Inhaia, desisti de chamar de estrada, pois acho melhor chamar de piranbeira. A inclinação é absurda e com muito cascalho e saibro. Começamos a descida ( queda ), e quando parei para ajustar o banco adivinhem, o pneu furou comigo parado. Sorte que o Roberto já tinha ido ao banheiro, senão ele se mijaria de rir. Quando desci da bicicleta e fiquei em pé, escorreguei no saibro e comprei um terreno na Inhaia. Ridículo. Bom pneu consertado, mais risadas, e seguimos o caminho. Já estava pensando em comprar mais umas câmaras em Morretes. Terminada a descida, o inimigo mudou de nome, o nome dele era calor. Saímos de Curitiba com14º e agora com certeza estava mais de 30 º. O câmbio da bicicleta do Roberto começou a apresentar alguns problemas, que somados ao calor, minaram a resistência dele. Resultado, primeira baixa o Roberto ficou em Morretes para voltar de ônibus. Certificados de que estava tudo bem com ele, eu e o Mário seguimos em frente, a Graciosa nos esperava.
Seguimos em direção a Porto de Cima, e eu já sentindo o gostinho do sorvete de gengibre. Chegamos rápido, e rápido foi o pedido pelo sorvete. Delícia. Devidamente refrescados, seguimos para a subida da Graciosa. O calor estava começando a fazer sua segunda vítima, o Mário começou a "pregar", e com muito esforço chegamos a base da Serra da Graciosa. Neste momento o Mário resolveu pedir para virem buscá-lo. Tudo dentro do combinado, não fosse um único problema, não tem sinal de celular. Restou portanto uma única opção. Descansar e seguir em frente.
Após devorarmos dois suculentos e enormes pastéis, acompanhados de muito líquido, seguimos em frente. Parecia que conseguiríamos pois o Mário vinha em um ritmo constante, mas o "Véio do Martelo" chegou e novamente pregou o Mário. Foram pouco mais de 1,5 km percorridos. Continuamos nosso caminho, pois não restava alternativa. Nesta altura o Mário mais empurrava a bike do que pedalava. Foi quando ele avistou, segundo suas palavras, um ônibus leito super luxo, ou seja, uma pickup D20. O Mário fez um singelo gesto, se jogando na frente do ônibus, digo pickup, que prontamente parou. Seguindo nossa filosofia de sempre estarmos juntos, também embarquei. O ônibus, digo pickup, nos levou até praticamente o portal, quando voltamos a pedalar, mas o Mário definitivamente estava fora do jogo. Chamamos o resgate e retornamos ao aconchego do nosso lar.
Foram 104 km percorridos, e muito suor derramado. Ficou um gostinho de quero mais, pois o objetivo final não foi alcançado. Neste ano venceremos este desafio.