terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Voltei!

Estive de férias, e quando falo férias, eu esqueço até mesmo o computador. Antes de sair de férias, realizamos um pedal que era para ser épico, e foi. Fatos inusitados, cômicos, ridículos, dramáticos, enfim poderíamos estar presentes em quase todas as secções de um jornal. Pelo menos da página policial nós escapamos.
Saímos, eu o Roberto Coelho e o Mário Valério ( los três amigos )
cedo pela BR 277 em direção ao litoral. Não andamos 1 km na 277 e tive meu primeiro pneu furado, para alegria do Roberto que não parava de rir. O Mário alcançou-me uma câmara, que foi rapidamente montada. Peguei a bicicleta dele e fui ao posto de gasolina que estava a 500 metros de distância para encher o pneu. Adivinhem, a câmara estava furada. Trocamos novamente, e com o pneu já cheio, seguimos em frente.Andamos mais uns 20 km e, mais um pneu furado, mais risadas do Roberto. As risadas do Roberto só não eram maiores que as risadas que eu e o Mário d´pavamos em virtude aos Dreads do cabelo do Roberto. Parecia o cabelo da Angelina Jolie em 60 segundos, mas com uma enorme diferença, a Angelina Jolie. Pneu consertado partimos em direção ao primeiro desafio, a estrada da Inhaia.
Após descer alguns quilômetros, entramos na Inhaia, desisti de chamar de estrada, pois acho melhor chamar de piranbeira. A inclinação é absurda e com muito cascalho e saibro. Começamos a descida ( queda ), e quando parei para ajustar o banco adivinhem, o pneu furou comigo parado. Sorte que o Roberto já tinha ido ao banheiro, senão ele se mijaria de rir. Quando desci da bicicleta e fiquei em pé, escorreguei no saibro e comprei um terreno na Inhaia. Ridículo. Bom pneu consertado, mais risadas, e seguimos o caminho. Já estava pensando em comprar mais umas câmaras em Morretes. Terminada a descida, o inimigo mudou de nome, o nome dele era calor. Saímos de Curitiba com14º e agora com certeza estava mais de 30 º. O câmbio da bicicleta do Roberto começou a apresentar alguns problemas, que somados ao calor, minaram a resistência dele. Resultado, primeira baixa o Roberto ficou em Morretes para voltar de ônibus. Certificados de que estava tudo bem com ele, eu e o Mário seguimos em frente, a Graciosa nos esperava.
Seguimos em direção a Porto de Cima, e eu já sentindo o gostinho do sorvete de gengibre. Chegamos rápido, e rápido foi o pedido pelo sorvete. Delícia. Devidamente refrescados, seguimos para a subida da Graciosa. O calor estava começando a fazer sua segunda vítima, o Mário começou a "pregar", e com muito esforço chegamos a base da Serra da Graciosa. Neste momento o Mário resolveu pedir para virem buscá-lo. Tudo dentro do combinado, não fosse um único problema, não tem sinal de celular. Restou portanto uma única opção. Descansar e seguir em frente.
Após devorarmos dois suculentos e enormes pastéis, acompanhados de muito líquido, seguimos em frente. Parecia que conseguiríamos pois o Mário vinha em um ritmo constante, mas o "Véio do Martelo" chegou e novamente pregou o Mário. Foram pouco mais de 1,5 km percorridos. Continuamos nosso caminho, pois não restava alternativa. Nesta altura o Mário mais empurrava a bike do que pedalava. Foi quando ele avistou, segundo suas palavras, um ônibus leito super luxo, ou seja, uma pickup D20. O Mário fez um singelo gesto, se jogando na frente do ônibus, digo pickup, que prontamente parou. Seguindo nossa filosofia de sempre estarmos juntos, também embarquei. O ônibus, digo pickup, nos levou até praticamente o portal, quando voltamos a pedalar, mas o Mário definitivamente estava fora do jogo. Chamamos o resgate e retornamos ao aconchego do nosso lar.
Foram 104 km percorridos, e muito suor derramado. Ficou um gostinho de quero mais, pois o objetivo final não foi alcançado. Neste ano venceremos este desafio.

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