quarta-feira, 9 de março de 2011

Como foi o domingão!

Domingo de carnaval, 05:30 da manhã e toca o despertador. Em vez da irritante campainha, o ideal era que estivesse tocando:
Eu que é botar,
Meu bloco na rua...
Levanto bem disposto, a temperatura é amena, preparo um café da manhã, de 06:00 e lá vai o bloco do eu sozinho. O Roberto entraria no desfile a partir do viaduto da Toaldo Túlio. Pedais em movimento, as ruas passando, o pouco movimento característico nas ruas de Curitiba durante o Carnaval. Rapidamente chego ao ponto de encontro. Melhor combinado não poderia ser, chego enxergando o Roberto chegando. Rapidamente o bloco agora com duas alas, invade a BR 277 e segue em direção a Campo Largo. Um trajeto tão conhecido, que a única lembrança que tenho é de achar o Museu do Mate abandonado.
Campo Largo chegou rapidamente, e junto com ela chegou a má notícia. O Roberto não tinha condições de continuar, a dor no joelho não permitia. O bloco do eu sozinho estava na passarela novamente. Tomei o rumo de São Luiz do Purunã. A subida tão temerária tempos atrás, hoje é apenas mais uma subida, tantas as vezes que já a subimos. O engraçado é pensar que ali está uma placa tão odiada, mas tão adorada pelos ciclistas. É a famosa placa "Pedágio a 2 km", que significa que faltam apenas 1.800 m para o fim da subida. Com apenas uma paradinha rápida para tirar umas fotos, cheguei em S.L.Purunã as 09:30 hs. Pausa para um lanche, feito ao ar livre, sentindo no rosto a amostra dos "Ventos Eternos do Purunã".
De S.L.Purunã à Balsa Nova, é um caminho muito bonito, com vistas muito lindas, e decidas bem convidativas. Muitas paradas para fotos, e faltavam 15 minutos para as 11 horas quanto invadi Balsa Nova. Uma cidade pequena mas bem acolhedora. Limpa, o que infelizmente nos chama a atenção. Não precisei de 5 horas para vencer os primeiros 78 kms, considerando que neles houve 2 paradas para lanche. Bom, estava rendendo bem.
Após um lanche caprichado, o bloco do eu sozinho segui em direção a Guajuviras. A pasisagem era muito bonita, o que tornava a pedalada um prazer, deixando o cansaço de lado. Pouquíssimo movimento, e a estrada ia sendo vencida com certa facilidade. No entroncamento para Guajuviras, um morador informou que se eu seguisse pela direita a paisagem era bem mais agradável. Não vou lutar contra os avisos que me mandam. Segui pela direita. A pasisagem realmente era linda. Os campos com plantações de soja e milho em diversas cores davam um colorido especial aos morros que desfilavam ao lado da estrada. Mas como sempre dizem, o que é bom dura pouco, mal notei quando chegou o asfalto da PR 423, e suas interminaveis subidas. Foi uma imensa alegria quando avistei a ponte da estrada de ferro em Araucária, que indicava a proximidade com a Av.das Araucárias. Algun desvios pra lá, outros pra cá, e já estava na Avenida. O pórtico polônico, exatamente, polônico, mostrava que estava chegando em Curitiba, e estava terminando minha pedalada. Cheguei ao destino com 138 km pedalados. Eram 16:00 hs, e chovia. O corpo estava cansado, mas longe de estar desanimado. O treino mostrou que o corpo está no caminho certo para a viagem. Que venham os alforjes e seu peso extra.

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