segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Demos a Volta na Volta da Volta!

Sábado começou com um dia tímido, com vergonha de aparecer. A claridade que transpassava as nuvens não estava com aquela vontade de acordar. Eram 06:00 hs e estava um pouco escuro para o horário. Mesmo assim a pedalada começou. Inicialmente uma pedalada solitária, visto o Mário não estar participando, e o Roberto eu encontraria alguns quilometros depois ( 16 para ser preciso ), segui pela futura linha verde, até encontrar a atual linha verde. Não é o trajeto mais feliz para um ciclista, pois a obra na linha verde acaba com o acostamento, e a disputa por espaço contra carros, ônibus e caminhões, é um tanto injusta.
A temperatura estava bem agradável, e a ausência do sol deixava o pedal muito gostoso. encontrei o Roberto próximo ao viaduto da Av.Brasília, e agora além do pedal, desenvolvíamos um bom bate-papo, pondo em dia assuntos acumulado por mais de 15 dias. Rapidamente estávamos no Umbará, onde apreciamos um lanchinho matinal. 
Pé na bike e fomos para a estrada, lembrei-me do Mário, que sempre cobra um pouquinho de lama na pedalada, e tinha o suficiente para mais uns cinco ou seis ciclistas. Pedalávamos como gente grande, pois a média era alta para o chão batido. Desta vez seguimos o roteiro traçado e entramos na estrada do Gerê. A paisagem é muito gostosa, passando por sítios, povoados, pequenas vilas. Desta vez não houve muitas paradas, paramos um pouco antes da Volkswagen, descansamos por uns dez minutos, e retomamos o trajeto. O asfalto da Volkswagen deu um descanso para as nádegas, um tanto sofridas, mas sapientes que o pior estava por vir ( os paralelepípedos da Colonia Murici ). Cruzamos a BR 376 e entramos no caminho da estrada da Malhada ( deve ser em alusão á uma vaca este nome ), com um asfalto com muitas curvas que dá um prazerzinho pedalar.
Um pouco adiante dobramos em direção a Colonia Murici. Alguns aclives acentuados, uma paisagem muito bonita com varias propriedades de cultivo de hortaliças, e o cansaço começou a aparecer. Paramos um pouco no final de uma subida, nos abastecemos com gel, uma barrinha de cereal para tentar amenizar a sensação de vazio no estômago. Retomamos o trecho e seguimos até a Col.Murici. Lá precisamos de uma nova parada, o Roberto começava a apresentar uns sinais mais visíveis de fadiga. Sentamos na escadaria da Igreja para esticar as pernas. Foi quando eu lembrei de um energético que eu tinha comprado, um tubinho com 50 ml sabor de capilé (segundo o Roberto, que possuía vários sabores, o vermelho, o azul, o amarelo e o verde ). Piadas a parte o resultado do energético foi mesmo muito acima do esperado. Cruzamos os paralelepípedos da Col.Murici com uma média de 30 km/h, as próstatas nem sentiram. O parada no Posto de sempre, foi abortada e seguimos em frente. No trevo da Av.Rui Barbosa, perdi o parceiro, pois ele seguiu pela Mal.Floriano, enquanto eu seguiria em frente passando pelo Jardim das Américas, Nossa Senhora da Luz, Erasto e Canaleta.
Cheguei em casa eram 12:30 hs, pois parei para tomar um bom caldo de cana. O número no ciclocomputador era frustrante, 99,91 km, não chegou em 100 km. Mas a sensação era ótima. Dever mais do que cumprido.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O Filho Perdido!

"Um jovem viúvo, que gostava muito do seu filho de cinco anos, estava fora, a trabalho, quando bandidos puseram fogo na cidade e levaram seu filho. Quando o homem volta para casa, vê tudo destruído e entra em pânico. Pega o corpo queimado de uma criança que toma por seu filho e chora copiosamente. Organiza a cerimônia de cremação e põe as cinzas num bonito e pequeno saco, que passa a carregar sempre consigo.
Um pouco mais tarde, seu filho verdadeiro escapa dos bandidos e acha o caminho de casa. Chegando na nova casa de seu pai, tarde da noite, bate à porta. O pai, ainda desgostoso, pergunta: "Quem é?"A criança responde, "sou eu, pai, abra a porta!"
Mas em seu agitado estado de alma, convencido de que seu filho já esta morto, o pai pensa que algum menino o está ridicularizando. Ele então grita: "Vá embora" e continua a chorar.
Depois de algum tempo, a criança vai embora. Pai e filho nunca mais se encontram de novo."

Muitas vezes nós colocamos falsas verdades á nossa frente, e passamos a acreditar tanto nelas, que quando a verdade aparece, nós não acreditamos nela. Quantas vezes isto já aconteceu, e quantas vezes ainda acontecerá. 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A volta da Volta!

No dia 22 de Janeiro, saímos eu e o Roberto para realizar a Volta da Volkswagen, só que o calor e o cansaço pegaram o Roberto, ou melhor, pregaram o Roberto no caminho, que nos forçou a diminuir o percurso e retornar antes do previsto. 
Desta vez a coisa vai, ou no sábado, ou no domingo, ainda vamos decidir. Serão 96km, relativamente fáceis, com todo o tipo de piso imaginável. Inclusive com os massageadores paralelepídedos da Colônia Muricy. Próstatas postas a prova. 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Onde foi que eu errei?

Sábado quando o relógio despertou, pela primeira vez na semana eu não tive vontade de dar com uma marreta no relógio, afinal estava acordando para uma pedalada que prometia, e cumpriu. 
Britanicamente, saímos as 06:00 hs, noite ainda. O frescor da madrugada animava os pedais, e a velocidade média era alta . Seguimos a canaleta pela Av.Paraná, depois João Gualberto, centro, Sete de Setembro, República Argentina, e antes das sete horas da manhã, já estávamos na João Bettega. A descida ajudou a aumentar a média, passamos pelo radar e acho que levamos uma multa ( pelo menos estava sorrindo para a foto ). Cruzamos o Contorno Sul,  e entramos na Av.das Araucárias, que logo após o terminal, abandonamos para encontrar o chão batido. Começa a parte divertida da pedalada. Logo já avistávamos a Represa do Passaúna, tomando conhecimento do seu real tamanho. Logo adiante após uma curva avistamos o dique que dá vazão ao excesso d´água ( uma miniatura da queda de Itaipú, pensei ). O caminho era muito bonito, só que no km 33,5, errei o caminho ( descobri que errei uns quilometros adiante, onde errei, descobri hoje ). Onde era para dobrar a direita, dobrei a esquerda, e... bem esta palavrinha que tu pensou.
O trecho não era menos bonito do que pensávamos, mas enfrentamos algumas subidas muito fortes. O tempo nos ajudava, pois as nuvens teimosamente nos ajudavam. Não víamos uma viva alma que pudesse nos informar se estávamos no caminho certo. Já pedalávamos pelo km 46 quando encontramos um dois de paus. Explico, perguntado para onde ia a estrada, recebemos a resposta de que só sabia chegar ali, não sabia para onde a estrada ia ( melhor do que a resposta do mineiro, que diria que para onde ela vai, ele não sabe, mas que vai fazer uma falta isso vai!). Seguimos, ali pelo km 53, um senhora informou que faltavam 3,5 km para chegar no asfalto da rua Mato Grosso, na Ferraria. Estávamos no caminho certo, só não sabíamos se os kms dela são de régua grande ou não. Mais um pouco de pedal e chegamos, no INÍCIO da Rua Mato Grosso, ou seja tinha muito pedal pela frente. Neste momento, 50% do grupo começou a sentir o cansaço ( estávamos em dois pedalantes ). Resolvemos que pararíamos no primeiro local plausível pela frente. Isto foi no km 62. Eram 9h 45min, ou seja, foram pedalados 62 km em uma média de 16,5 km/h.
Fizemos um pequeno lanche, eu comi dois queijos quente, e o Mário entravou uma luta medonha contra um "x-salada", fora o litro de coca-cola que acompanhou.
Pensando estarmos refeitos seguimos em frente. Reduzimos a pedalada até o Barigui, onde seríamos resgatados, visto o Mário estar com muita dor na perna direita. A subida da Eduardo Sprada foi feita em marcha lenta, poupando a musculatura. Depois seguimos pela marginal do Contorno e BR 277. Chegamos ao Barigui com 77 km pedalados, eram 11:00 hs. 15,4 km/h de média incluindo a parada. Bom pedal apesar de tudo. A paisagem compensou o esforço. Mas quero voltar lá para fazer o caminho originalmente traçado.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Esclarecimentos!

Vocês devem ter notado, que nos últimos dias, tenho inserido alguns textos não ciclísticos, mais orientados para o crescimento interior. Bom, eu acredito que somos mais do que simples ciclistas, mais do que nossas profissões. Estamos inseridos neste mundo, junto com mais de 6 bilhões de pessoas, e se não tentarmos melhorar, a coisa vai ficar feia.
Não estou tentando induzir ninguém a praticar alguma religião ( inclusive sou crítico de algumas ), só estou tentando induzir as pessoas a refletir sobre seus atos. Também não tenho a pretensão de dizer o que é certo ou errado, não sou juiz de nada.
Apenas acredito que enquanto estivermos vivos, podemos evoluir, e se nós temos esta capacidade, é um crime não utilizá-la.
Mas não se esqueçam de que a única religião plausível de ser praticada neste blog é a Igreja Mundial do Pedivela Quadrado, cuja sede fica em cima do seu selim, pelas trilhas e estradas mundo afora.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Buda e a Flor de Lótus!

Buda reuniu seus discípulos, e mostrou uma flor de lótus - símbolo da pureza, porque cresce imaculada em águas pantanosas.
- Quero que me digam algo sobre isto que tenho nas mãos - perguntou Buda.
O primeiro fez um verdadeiro tratado sobre a importância das flores.
O segundo compôs uma linda poesia sobre suas pétalas.
O terceiro inventou uma parábola usando a flor como exemplo.
Chegou a vez de Mahakashyao. Este aproximou-se de Buda, cheirou a flor, e acariciou seu rosto com uma das pétalas.
- É uma flor de lótus - disse Mahakashyao. Simples e bela.
- Você foi o único que viu o que eu tinha nas mãos - disse Buda.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Previsões!

Impressionante como temos um medo do que esta por vir. Continuamente nos cercamos de previsões,e tentamos de alguma maneira antecipar o que esta por acontecer. Final de ano é sempre a mesma coisa, em todos os canais aprecem bruxos, cartomantes, quiromantes, Mãe de não sei quê, Pai de sei lá o quê, todos fazendo previsões sobre o ano que está por vir. Horóscopo é sessão certa em qualquer jornal. Nas empresas, temos de trabalhar com previsões de vendas, de despesas, de pessoal, de investimentos, etc...
Bom entre tantas previsões, aqui vai mais uma: neste sábado, dia 19 de fevereiro, pontualmente as 06:00 hs, vai sair a pedalada da Volta da Represa do Passaúna. Quem pedalar, verá!

Valendo uma barrinha de cereal velha, para quem adivinhar o nome e ocupação da celebridade aí da foto.

Pré Temporada!

2 meses! Faltam apenas 60 dias para começar. Começam agora os preparativos finais. Aumento da quantidade de treinos, devo começar a vir para o trabalho de bike nas duas primeiras semanas em dois dias ( terça e quinta ), nas outras duas em 3 dias, nas outras duas tentarei em 5 dias, e na última semana descanso total. 
Mais do que aumentar o condicionamento físico, busco acostumar o corpo ao trabalho repetitivo, ou seja, acostumar a falta de descanso, que será o principal inimigo. É fácil pedalar 150 km, e no outro dia ficar tomando um bom chimarrão, brincando com as crianças, jogando bola com o cachorro, o difícil é pedalar os 135 km do primeiro dia e levantar para pedalar mais 90 km, e avisando a musculatura dolorida, que depois tem mais. O Roberto Coelho disse que a partir do 4º dia tudo fica mais fácil ( acho que sim, vai doer tudo, então não preciso ficar me preocupando em qual parte esta doendo ).
Também tem a preparação da bike, trocar cbos de freio e cambio. Limpar e lubrificar os cubos de roda ( que apesar do nome são cilíndricos ). Revisar os alforjes. Fixação do bagageiro. Verificação das luzes ( traseira e dianteira). 
Depois preparar a bagagem,com o mínimo de peso, considerando as necessidades de kit de primeiros socorros, kit de reparos, roupas para pedalar e roupas "civis".
A lista é grande, espero que o peso não seja diretamente proporcional.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

E você? O que está carregando?

“Um velho monge e um jovem monge estavam andando por uma estrada quando chegaram a um rio que corria veloz. O rio não era nem muito largo nem muito fundo, e os dois estavam prestes a atravessá-lo quando uma bela jovem, que esperava na margem, aproximou-se deles. A moça estava vestida com muita elegância, abanava o leque e piscava muito, sorrindo com seus olhos muito grandes.

– Oh – ela disse -, a correnteza é tão forte, a água é tão fria, e a seda do meu quimono vai se estragar se eu o molhar. Será que vocês podem me carregar até o outro lado do rio?

E ela se insinuou sedutora para o lado do monge mais jovem.

O jovem monge não gostou do comportamento daquela moça mimada e despudorada. Achou que ela merecia uma lição. Além do mais, monges não deveriam se envolver com mulheres. Então, ele a ignorou e atravessou o rio. Mas o monge mais velho deu de ombros, ergueu a moça e a carregou nas costas até o outro lado do rio. Depois os dois monges continuaram caminhando pela estrada.

Embora andassem em silêncio, o monge mais novo estava furioso. Achava que o companheiro tinha cometido um erro ao ceder aos caprichos daquela moça mimada. E, pior ainda, ao tocá-la tinha desobedecido às regras dos monges. O jovem reclamava e vociferava mentalmente, enquanto eles caminhavam subindo montanhas e atravessando campos. Finalmente, ele não agüentou. Aos gritos, começou a repreender o companheiro por ter atravessado o rio carregando a moça. Estava fora de si, com o rosto vermelho de tanta raiva.

– Ora, ora – disse o velho monge. – Você ainda está carregando aquela mulher? Eu já a pus no chão há uma hora.

E, dando de ombros, continuou a caminhar.”

Retirado do livro Contos Budistas, de Sherab Chodzin

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Notúrnica - Como foi!

Apesar das inúmeras pedaladas já feitas, estava um pouco apreensivo para esta. O trânsito nunca é muito camarada com os pedestres e ciclistas, e á noite, eu tinha a impressão que seria mais difícil. 
Faróis e luzes sinalizadoras colocadas, e saímos as 19:30 hs, como era esperado. A trupe de dois ciclistas, eu e o Mário, os outros, bom, eles que expliquem. Era dia quando começou a pedalada. Saímos em direção ao Largo da Ordem, pedalando tranquilo no conturbado trânsito de Curitiba. Rapidamente estávamos nos paralelepípedos do Largo. Mesas invadiam a rua, convidando para um Chopp e umas batatinhas. O movimento era bom, e parecíamos completamente deslocados naquele ambiente. Os pedais não pararam, e logo já estávamos subindo a Manoel Ribas. Chegando no Portal do Santa Felicidade, encontramos a noite, muito movimento, muita adrenalina, e pasmem, muito respeito. Em momento algum, um carro, ou qualquer outro veículo nos ameaçou. Pedalávamos tranquilos fazendo parte daquela "Curiticéia Desvairada" ( Mário de Andrade que me perdoe )! Seguimos pela Vêneto para retornarmos pela Manoel Ribas. Tudo fluindo perfeitamente, eu chegava a ficar temeroso de tanta tranquilidade. 
Ao sairmos de Santa Felicidade em direção ao Barigui ( agora sem trema ), seguimos em direção ao Cemitério Parque Iguaçu, sem presságio algum. Apesar do movimento, tudo transcorreu perfeitamente. O único porém seria a falta de iluminação desta via, mas os faróis das bikes resolveram e bem o problema.
O Barigui foi uma grata surpresa, bem iluminado, movimentado, foi bom ver um pouco de vida noturna nos parques.
Seguimos em direção ao terminal Portão pela Arthur Bernardes. Muita gente praticando esportes, passeando, muitos cachorros levando os donos para passear. Rapidamente estávamos no terminal. Procuramos um local para tomarmos algo gelado, pois temíamos o caminho pela Wenceslau Brás. Novamente uma boa surpresa, uma avenida iluminada com muitas pessoas caminhando, brincando, enfim vida noturna! 
A Linha Verde não demorou e rapidamente estava sob nossos pés, digo, nossas rodas. Ali, sem movimento nenhum invadimos a canaleta e seguimos em direção ao Jardim Botânico. Pensei que o pequeno trecho entre o término da canaleta e a Afonso Camargo fosse ser nosso martírio, mas mais um engano se concretizou e pedalamos com tranquilidade. Ao chegarmos no Jardim Botânico uma grande dúvida tomou nosso caminho. Ir para casa, ou devorar um cachorro quente no Super Dog? Facilmente tomamos a decisão, e em poucos segundos a rota para o Super Dog estava traçada.
Passamos pelo Shoppping Total, as 10:15 o pedido de um São Bernardo Vegetariano e um Dog Alemão estava feito.
Um pouco mais pesados, mas definitivamente saciados, seguimos pela Av.Paraná até o Santa Cândida. Eram 11:30 quando chegamos em casa. Pouco mais de 52 km, pedalados com um cachorro quente no meio em quatro horas. Nada mau para uma sexta-feira. Ficou um gostinho de quero mais. Quem sabe institucionalizamos a pedalada noturna?

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Notúrnica!

Sempre quis usar esta foto!
Nesta sexta, que não é 13, estaremos saindo para uma pelada noturna pelas ruas de Curitiba. Como não consegui inserir uma trilha sonora no post, leia imaginando a voz de Sinatra cantando os veros de Strangers in the night. O roteiro estipulado marca 48 km fáceis, passando pelo Largo da Ordem, Santa Felicidade, Barigui, Linha Verde, Jardim Botânico, entre outros tantos lindos pontos de Curitiba. Desta vez não vai precisar de protetor solar.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Destinos de 2011 - Adrianópolis

Pouco sei sobre Adrianópolis, passei por ela uma vez quando estava indo a São Paulo, e não tive tempo de aproveitar a passagem, pois chovia muito. A vontade de ir a Adrianópolis, não é tanto pelo destino, e sim pela estrada. O desfio é grande pois o ganho de altitude é de 1.339 m, a distância é de 126 km, o que não é dificuldade, mas são 10 subidas categorizadas ( 2 de nível 3, 1 de nível 4 e 7 de nível 5 ). O que torna o desafio interessante. Pelo caminho temos as cidades de Colombo, Bocaiúva do Sul, e Tunas do Paraná. O retorno deverá ser de ônibus. Existe uma estrada de chão batido que liga Adrianópolis a Cerro Azul, mas essa é para outros pedais.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Deu Xabu!

Baixou a urucubaca! Amanheci no sábado acompanhado de febre, tosse, e uma indisposição, que se o mundo terminasse num barranco, eu morria encostado. Esperava uma melhora durante o dia, o que aconteceu! A gripe melhorou, a febre aumentou e a indisposição, eu nem esperaria o mundo acabar para me encostar no barranco. Avisei os parceiros de pedalada, e dormi um sono profundo, o que me ajudou em parte o domingo. Buenas, transferia a pedalada para o sábado. Passaúna, me aguarde!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Destinos de 2011 - Guaraqueçaba

Uma das melhores coisas da vida, é juntar o útil ao agradável. Do ponto de vista do universo masculino, é encontrar uma mulher bonita, inteligente, simpática, rica e principalmente, interessada na nossa pessoa! Lembrei de meu avô, que sempre dizia: - Não junta duas misérias! Saudades, nem tanto dos seus conselhos, mas das suas bravatas, com cheiro de vinho e pinhão!
Bom, então por que não juntar a necessidade de treinar, com o prazer de pedalar por novos lugares, e olha que o que não falta, são lugares para pedalar, e este ano pretendo chegar em muitos deles.
Trajeto para Guaraqueçaba
Um deles é pedalar para Guaraqueçaba. Já estive em Guaraqueçaba antes, e é a legítima definição de tranquilidade. Não tive tempo de aproveitar suas praias. Mas senti quanto o relógio diminuiu o ritmo, existindo um espaço de tempo entre o tic e o tac. Talvez mais famosa que a própria Guaraqueçaba, é a sua estrada.  São 90 km , com muitas pedras, areia, calor, e para variar, poucos recursos. O percurso em si é de pouca dificuldade física, pois são pouquíssimos aclives ( somente 3 categorizáveis, e a nível 5 ), e para ajudar a nível do mar. Aparentemente um desafio morno, afinal 96 km quase planos, não devem assustar ninguém. Mas, sempre tem um mas, o último barco que sai de Guaraqueçaba, com destino a Paranaguá, sai ás 15:00 hs, ou seja, temos de estar em Guaraqueçaba, até as 14:30 hs. Saindo de Antonina, ás 05:00 hs, isto significa que temos 09:30 hs para percorrer os 96 km. Se não chegarmos a tempo...
Trajeto de Paranagua á Antonina
Para "apimentar" mais um pouco, vocês devem ter reparado, que nós saímos de Antonina-PR, e o barco vai para Paranaguá-PR, ou seja, depois do barco tem mais pedal, serão mais 55 km, de asfalto que é pra não judiar, mas que provavelmente serão feitos no final da tarde início da noite.
Se por acaso alguém reclamar que lá no início do post, eu não mencionei o ponto de vista do universo feminino, não pensem que é discriminação, mas é que eu não consegui imaginar por esta lógica, afinal homem bonito, só meu filho de 3 anos.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Se chover, sai?

Como eu ouço esta pergunta, é só aparecer uma nuvenzinha mais bronzeada, que la vem ela. Primeiramente isto é discriminação, pois quando vemos uma pessoa bronzeada, ficamos até com inveja, mas para uma nuvem mais escura, ficamos apreensivos. Pura discriminação.
Água, é vida. O corpo humano é composto de 70 a 75% de água. Quando estamos realizando um exercício, tomamos água, para meu imprescindível chimarrão, preciso de água. A água é essencial. Quando tomamos um bom banho, chegamos a ter a sensação de que estamos revigorados. 
Pedalar na chuva é como voltar a ser criança, é brincar nas poças, na lama. É liberdade, não é sofrimento. Lembro uma prova de ciclismo que participei, em que pedalei 300 km abaixo de chuva, e frio. Lavei a alma. Foi fantástico, gratificante. Particularmente, prefiro pedalar com chuva, do que pedalar sob um sol de 35º. Além de tudo, não sou feito de sal, nem açúcar. 
Portanto, se chover sai? Sai, sai e volta, com a alma lavada!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Eu me movo, logo, estou vivo!

Sempre achei interessante o famoso diálogo:
- Ele está morto?
- Não! Está se mexendo!
Muito comum em filmes B, mas uma sábia realidade. Não existe vida sem movimento. Seja qual for o movimento, ele é sinal de vida. Os exemplos são vários, desde uma clássica poça de água, que parada, tende a sumir, ao quadro cujo tema é natureza morta, pois está inerte para o artista, ao motor que ao não se movimentas, dizemos que "está morto"!
Quando pensei nesta cicloviagem, eu sempre pensei na homenagem á vida que estaria fazendo, movendo-me, lentamente para os padrões atuais, mas, na velocidade certa para o momento.  Mais do que simplesmente um movimento, uma interação com a natureza, com a vida. Em uma conversa com um fornecedor da empresa em que trabalho, ele comentou que havia feito uma aventura, foi de carro até o Chuí. A primeira coisa que perguntei foi a sensação de cruzar o Taim, com sua fauna e flora características. A resposta eu não posso classificar de outra maneira, foi broxante: - Plano, sem muitos atrativos, cruzei o mais rápido possível, a 100 km/h.
Lembrei-me imediatamente das palavras de um ciclista aposentado, Jean Stablewski, que depois de aposentado, não levava água quando saia para pedalar : “Tive muita pressa no meu tempo de profissional: agora eu paro em qualquer bar da estrada para conversar com as pessoas”.
Então será assim, quase como as lições de física na 8ª série, Movimento Pedalíneo Uniformente Variado. E, para mostrar que esta cicloviagem tem vida, ela mesmo está em movimento. A primeira parte dela, entre Curitiba e São bento do Sul, mudou. Sempre atento ás diretrizes iniciais, tracei um caminho que passa longe da BR 376, utilizando basicamente estradas de chão batido. É verdade que o trajeto aumentou um pouquinho, passando para 137 km, mas crescer é movimento, certo? Abaixo o link para o novo traçado.

Making Dreams - Part 1