segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O que eu faço?

Sábado, em uma roda de amigos, foi questionado o que eu faço quando pedalo sozinho por um período muito longo, afinal é muito tempo para pensar, e assuntos não faltam. Politica, trabalho, religião, problemas, soluções, enfim a gama de assuntos é interminável. Eu respondi com uma pergunta, o que você faz quando está realizando seu hobby preferido? A função do hobby não é a distração, uma maneira de estar em contato com seu interior, em isolar um pouco o cérebro do tumulto cotidiano? Quando eu pedalo eu procuro não pensar, eu procuro viver a pedalada. Acho que deve ser assim com as outras pessoas, ou não? Eu também gosto de pintar quadros, e quando estou pintando um quadro, eu me sinto dentro dele, não consigo pensar no meu trabalho e pintar um quadro, nem o contrário! Imagino alguém jogando xadrez e pensando em como vai ser sua declaração do IR, adivinhem, ele vai perder o jogo! Li em um artigo, em que diziam que a quantidade de informações que uma pessoa recebia em uma ano, no século XVII, corresponde à um jornal dominical. Isto mostra a sobrecarga que muitas vezes impomos ao nosso cérebro, é torturante. Um cidadão comete uma loucura em uma provincia no interior da Mongólia, e antes de baixar a poeira, o mundo já está sabendo. Acho que um dos vários motivos que me levam a pedalar é este, eu deixo meu cérebro em stand by. A propósito, a nova ortografia brasileira fale ara expressões de língua estrangeira inseridas no texto em português? Então devo escrever, standby, stand-by ou stand by? É muita informação!

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